Acordo entre LATAM e Azul vai integrar os programas de fidelidade.
Confira quais serão os possíveis impactos para os passageiros e para o preço das passagens aéreas.
LATAM e Azul acabaram de firmar dois acordos, um de codeshare e outro entre seus programas de fidelidade. Em meio à crise provocada pelo coronavírus, as duas concorrentes se tornaram parceiras no mercado nacional. Mas, quais os impactos para os passageiros e para o preço das passagens aéreas?
Segundo as companhias, o acordo de codeshare incluirá inicialmente 50 rotas domésticas não sobrepostas de/para:
- Brasília (BSB).
- Belo Horizonte (CNF).
- Recife (REC).
- Porto Alegre (POA).
- Campinas (VCP).
- Curitiba (CWB).
- São Paulo – Guarulhos (GRU)
A proposta é oferecer aos clientes várias opções de conexões novas e mais convenientes no Brasil. Os codeshares também irão possibilitar uma experiência de viagem mais tranquila entre os voos da Azul e LATAM, com bilhetes compartilhados para check-in e despacho de bagagem até o destino final.
Já os acordos entre programas de fidelidade no caso da Azul e LATAM, vai possibilitar que 12 milhões de associados do TudoAzul e 37 milhões de membros do LATAM Pass possam acumular pontos no programa de sua escolha.
As evidências mostram que se trata de uma parceria de longo prazo e com intenção de expansão. Se pararmos para analisar as companhias de forma geral, fica claro que suas malhas aéreas são altamente complementares.
Dentre os benefícios, a Latam conseguirá acessar os mais de 50 destinos que a Azul opera sozinha, sem concorrência. E a Azul poderá alcançar a ampla malha internacional da Latam na América Latina e na Europa, além dos voos para os Estados Unidos e para a África do Sul. Além disso, não há grandes conflitos em termos de HUBs, mais um fator que contribui para que as companhias se complementem.
O que muda para os passageiros? Qual o impacto no preço das passagens aéreas?
No caso de uma fusão, o acordo entre LATAM e Azul faz com que elas se tornem a maior empresa doméstica, e o país passaria a ter apenas dois grandes concorrentes. Além dos benefícios óbvios, como despacho de bagagem único e integração dos dois programas de fidelidade, a parceria também vai oferecer aos passageiros das duas empresas mais opções de voos e de conectividade.
No entanto, as empresas vão deixar de competir da mesma forma que antes, já que se tornaram parceiras. Neste aspecto, é provável que tenhamos uma redução da oferta e uma desestimulação na competição por preços nas rotas e horários onde Azul e Latam competem diretamente.
O fato é que o acordo aumenta significativamente as chances de sobrevivência das duas companhias em meio à crise provocada pelo coronavírus. E isso é bem melhor do que uma eventual quebra de uma das empresas. Mas, pensando nos consumidores, não é algo para comemorar!
Qual a sua opinião sobre a aproximação de LATAM e Azul?