Morar em Portugal

Recentemente, um grande número de brasileiros tem imigrado para Portugal em busca de mais qualidade de vida e segurança. Seja pela similaridade do idioma ou mesmo pela maior facilidade em se conseguir uma permanência legal, a famosa terrinha tem sido um dos destinos mais visados no continente europeu.

No entanto, por mais que morar em Portugal represente um sonho para muitas pessoas, imigrar para um país não é tão simples quanto parece ser e exigirá muito planejamento dos candidatos! Deixamos claro que isto não é um guia de como morar em Portugal, nosso intuito é apenas informar sobre alguns dos primeiros passos a se seguir para tornar isso possível. Confira!

Se planejar lhe dará toda a segurança necessária para começar a colocar o plano de morar em Portugal em ação. O planejamento neste caso vai muito além do que poupar dinheiro e começar os trâmites de emissão de visto. Isso faz sim parte do processo, porém é apenas o começo.

Antes de mais nada, comece respondendo algumas questões simples como: o porque de querer ir morar em Portugal e se o país oferece boas oportunidades de emprego em sua área. É preciso ter uma noção muito assertiva que os planos positivos superam os negativos, afinal, uma mudança deste porte exige muito financeiramente e até mesmo emocionalmente.

Quem deseja morar em Portugal, assim como estudar ou trabalhar legalmente precisa de um visto. O visto que corresponde a sua necessidade deve ser solicitado junto a embaixada e consulados de Portugal, tudo ainda estando no Brasil.

Há diversas categorias de visto, desde o visto para estudantes até o famoso Gold Visa ou D2 para empreendedores. É importante frisar que independente do visto desejado, as autoridades portuguesas não garantem a legalização de nenhum imigrante que vá para o país sem o visto adequado (entrando como turista, por exemplo).

De acordo com o consulado português no Brasil, atualmente os tipos de vistos mais solicitados para quem deseja morar em Portugal são:

Uma das primeiras preocupações para quem deseja morar em Portugal é apresentar a documentação necessária para viver legalmente no país. As dúvidas começam exatamente aí, pois como saber quais são os documentos necessários no caso de pessoas que não possuam a cidadania portuguesa? Desde a autorização de residência, até mesmo a validação de diplomas, vale ficar atento que cada caso é um caso e é necessário avaliar com coerência quais serão as “suas” necessidades.

Em todo caso, há alguns tipos de documentos que são essenciais em qualquer situação.

A moradia é outro fator importante na decisão de viver em Portugal. Isso porque, não basta apenas tomar a decisão de ir morar em outro país, mas também é necessário entender as burocracias e documentações necessárias para conseguir “arrendar” um apartamento por lá. Procurar um apartamento a distância não é nada fácil, principalmente sem entender como funciona a nomenclatura dos anúncios portugueses. Primeiramente vamos começar por ai:

• Arrendamento: arrendar é o mesmo que alugar.
• T0, T1, T2, T3: T é basicamente a quantidade de quartos que um apartamento tem. Por exemplo: T0 é um apartamento sem quartos.
• Mobilado: mobilado é nada mais do que mobiliado, a diferença é apenas uma das muitas entre o português de Portugal e Brasil.
• Senhorio: senhorio é o nome que se dá ao dono do imóvel em Portugal.

É comum que o senhorio que não esteja com um imóvel anunciado em uma imobiliária, prepare uma minuta de contrato de arrendamento para assinar. Normalmente são 3 vias, uma fica com o inquilino, outra com o senhorio e a última com as finanças.

Há também alguns documentos à serem comprovados quando o assunto é arrendamento. Para a maior segurança do senhorio é necessário que o interessado apresente comprovante de rendimento dos 3 últimos meses, número de contribuinte, BI ou autorização de residência com cópia do passaporte.

O custo de morar em Portugal é muito relativo, tendo em vista que o mesmo é variável de acordo com uma série de detalhes. O que podemos concluir sem engano é que com a alta de imigrantes partindo para a terrinha, o custo anda muito maior do que o normal. Obviamente, os apartamentos com localização próxima ao centro de Lisboa também possuem preços mais altos, oferecendo uma média de €600 a €800 por um T1 ou T2 na melhor das hipóteses.

Como o país é pequeno em extensão, vale a pena procurar imóveis em cidades que tenham fácil acesso a capital. Por mais que estejam próximas a Lisboa, o custo de arrendamento diminui consideravelmente. Cidades como Aveiro, Braga ou mesmo Leiria, por exemplo, oferecem excelente custo de vida com arrendamentos em torno de €300 a €400 mês até mesmo para um T3. A pesquisa consciente é a chave do sucesso nestes casos!

O sistema de saúde público de Portugal é de boa qualidade, no entanto não funciona de forma gratuita.  Para quem pretende morar em Portugal, vale a pena ficar atento a uma série de quesitos necessários para utilizar a saúde pública por lá. Há taxas moderadoras de acordo com o tipo de procedimento que o paciente deseja fazer.

Uma consulta com um médico em um centro de saúde, por exemplo, custa em torno de  €5, já em uma emergência custa por volta de  €20. Resumidamente, a saúde é paga, mas os valores são bem acessíveis. Algumas pessoas também são isentas destes valores, como nos casos de gestantes, pessoas com doenças graves ou que comprovem que não tem como o pagar o sistema de saúde.

Em Portugal é o médico de família quem cuida do sistema de acompanhamento na saúde pública. Para ter acesso a um médico de família é necessário ir a um centro de saúde da região onde você estiver morando, e será este médico (um clinico geral) quem irá cuidar da saúde de toda a família.

Uma das maiores dúvidas em relação aos brasileiros que desejam morar em Portugal é sem dúvidas em relação às oportunidades de trabalho no país. Ainda que o país ofereça boa qualidade de vida, vale a pena lembrar que o salário mínimo português ainda é o menor de toda a Europa! É possível conseguir emprego, mas é necessário estar preparado para a realidade do país, que pouco se parece com o universo perfeito que muitos imigrantes imaginam. Quem possui formação superior e domina outros idiomas (principalmente o inglês), tem maiores chances de encontrar vagas melhores.

É importante ficar atento também sobre as ofertas em sua área de atuação, pois nem sempre as áreas que estão em alta no Brasil também estarão em Portugal. Como existem atualmente mais de 100 mil brasileiros vivendo no país, não é comum encontrar muitos conterrâneos atuando nas mais improváveis profissões. Existem muitos brasileiros trabalhando em hospitais, supermercados, padarias, postos de gasolina, lojas, órgãos públicos, restaurantes, centros de estética e na TI. Áreas que exigem qualificações técnicas são mais difíceis, pois exigem a equivalência ou mesmo reconhecimento de diploma.

Brasileiros que desejam exercer atividades de nível superior em Portugal deverão recorrer a equivalência ou reconhecimento de diploma. A equivalência serve para dizer que o grau estudado no Brasil é o mesmo que em Portugal. Isso é feito através de uma comparação de grades dos cursos, levando em conta conteúdo programático, duração do curso, histórico escolar entre outros detalhes. Já o reconhecimento de diploma é feito sob uma análise curricular minuciosa e, posteriormente, uma atribuição de grau.

O mercado português ainda sofre com a mão de obra especializada em tecnologia, o que acaba fomentando oportunidades para profissionais dessa área. Como há bons incentivos para que empresas já consolidadas e startups se estabeleçam por lá, o país começou a ganhar notoriedade no setor. No entanto, a grande maioria das empresas de tecnologia de Portugal são prestadoras de serviços para outros países, principalmente da União Européia, pois o mercado em si ainda é pequeno. Sendo assim, falar mais de um idioma é obrigatório.

Conforme falamos anteriormente, é imprescindível obter um visto para conseguir qualquer tipo de contrato de trabalho em Portugal. Sem a autorização devida, a pessoa acaba tendo que trabalhar de forma clandestina, sendo privada dos mínimos direitos assistidos. Quem fica sem documentos em Portugal não consegue fazer o básico, que é alugar um local para morar e isso gera um efeito cascata, pois o mesmo não conseguirá trabalho, assistência médica e outros diretos garantidos a qualquer cidadão comum.

Para responder a essa pergunta, primeiramente é necessário se atentar a diversos fatores personalizados, como por exemplo o tamanho de uma família e localização onde pretendem morar. Em geral, a alimentação e outros gastos básicos são acessíveis quando comparadas a os valores de outros países do Velho Continente. No entanto, a moradia continua sendo sem dúvidas o maior gasto para quem deseja morar em Portugal.

Há a possibilidade de fazer refeições completas com entrada, bebida, prato principal e até sobremesa incluídos por €7, ou mesmo pagar €100 euros pelo mesmo menu em um lugar mais refinado. Para quem deseja economizar nas compras do mês, basta comprar produtos que sejam de “marca branca”. Esses produtos são produzidos pela própria marca, mas com bom índice de qualidade.

Serviços como água, gás e eletricidade não costumam ultrapassa a faixa dos €70, e uma família de 3 membros gasta em média €300 com supermercado ao mês. Vale lembrar que os gastos com energia costumam aumentar durante o inverno, principalmente pelo uso de aquecedores. Mas no caso de você alugar uma casa com chuveiro a gás, o gasto pode diminuir.

Abaixo detalhando um pouco mais os preços de itens do dia a dia. Nossa fonte foi o site numbeo

Existem várias maneiras para se candidatar a uma universidade em Portugal, mas inevitavelmente os estudantes portugueses possuem alguma vantagem em relação aos brasileiros. O processo de candidatura é feito através do concurso especial de acesso. Para ser admitido é necessário ter a qualificação necessária, ou seja, um certificado ou diploma atestando suas qualificações. Vale lembrar que a quantidade de vagas, a realização da candidatura ou mesmo os documentos necessários, dependem de cada Instituição de Ensino Superior.

Também é possível se candidatar a uma vaga em Portugal através do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) realizado em solo brasileiro. Atualmente existem diversas Universidades e Institutos Politécnicos  que aceitam a nota do ENEM como método de ingresso, porém, cabe lembrar que cada uma possui a sua regra em relação a nota mínima exigida. Cursos de Medicina, Medicina Dentária e Medicina Veterinária não aceitam o ENEM como método válido de ingresso.

Geralmente a média no histórico escolar do aluno é que vai definir se o estudante será ou não admitido, sendo este o principal critério de admissão no caso da licenciatura. Já para mestrados ou doutorados é avaliado o currículo profissional, justamente de outros fatores como falar outros idiomas, por exemplo.

Em Portugal o ensino nas universidades é pago. Conhecidas como “propinas” as mensalidades variam de instituição para instituição, no entanto, tanto as licenciaturas, quanto mestrado e doutorados são pagos e os preços são anuais, divididos em prestações.

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